quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Brasilidade



02 de fevereiro, de 1991.
Enquanto os Estados Unidos e seus aliados exibem os mais sofisticados e técnicos materiais bélicos demonstrando ao mundo um grande poder militar, no Brasil há uma disputa entre o governo e o Congresso. Há uma pedra no entendimento da política econômica. A política salarial preenche o espaço vazio nas decisões dos nossos congressistas que matam o tempo não resolvendo nada. Não faltam os oportunistas que se esforçam em aparecer como arautos do bem estar do povo. Com bolsos recheados de mordomias, mais atrapalham que ajudam mormente nesta hora de dificuldade que passa o país, precisando da cooperação de todos. A Assembléia Legislativa Paulista já deu sua cooperação: renovou sua frota com mais 100 opalas! O deputado Tonico Ramos quer encerrar sua gestão com brilhantismo.
A carteira da Previdência dos deputados que lhes dá aposentadoria aos oito anos de um "dolce far niente" não foi extinta e sim transferida para o sistema previdenciário estadual. De onde sai esse dinheiro?
Agora, a política salarial que era a arma predileta dos sindicatos, passou a ser usada pelos congressistas. Será que a inflação lhes incomoda tanto ou lhes é altamente conveniente para desestabilizar o governo com o desencadeamento das greves e com as demissões em massa?
Enquanto isso gastam-se milhões em escola da samba. Mas há o seguro desemprego e os sindicalistas põem-se em campo para a reposição salarial acenando para as greves. Onde está a carência?
Temos sim, carência de brasilidade, de cultura social e educacional.
Certo estava Capistrano de Abreu - tido como um dos maiores eruditos em assuntos brasileiros - quando disse que se fosse elaborar a Constituição teria apenas este artigo: " TODO BRASILEIRO É OBRIGADO A TER VERGONHA".

Vovó Guita