quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Reflexão


Foto: Simone.Carboni


01 de Dezembro de 1989.
Não há canal de televisão, jornais ou políticos ávidos de votos que não explorem o problema do menor abandonado. Citam inúmeras causas, como a sócio-economica do país, descaso da sociedade vigente, como se a gente tivesse culpa que eles viessem ao mundo. O assunto é complexo, criam lares de menores como a Febem e nada de resolver o problema. Já está dando "pano pra manga".
Agora uma pergunta: - Quem abandonou o "abandonado" não tem culpa no cartório? Não cabe a ele responsabilidade nenhuma? As vistas das autoridades não devem dirigir-se às famílias carentes?
O passarinho necessita de um ninho como a criança de um lar, por mais pobre que seja.Ali ela se sente segura.
Conheço lares paupérrimos em que as crianças são felizes porque encontram apoio nos pais, pois estes trabalham, garantem o arrimo da família.
Mas a maioria das crianças abandonadas vêm de pais ociosos, alcoólatras, sem responsabilidade.
Sei de um prefeito que quis resolver o problema. Fez um levantamento através de assistentes sociais, criou escolas, mas as crianças não as frequentavam continuavam na rua, os pais as preferiam assim, esmolando, garantindo-lhes a ociosidade e o alcoolismo.
Urgia rigor com esses pais mas, encontrou uma barreira: infelizmente não há lei que puna a ociosidade e o pai tem poder sobre o filho.
Se as nossas leis fossem rígidas, se houvesse punição para os pais que não enviassem os filhos à escola, se a ociosidade fosse punida, se todos compreendessem que o trabalho dignifica o homem, o mundo seria bem melhor.
Estão me achando radical mas, procurem uma pessoa para limpar o quintal, uma empregada doméstica, um profissional para certos consertos, se vocês os encontrarem, julguem-se privilegiados.
VOVÓ GUITA