sábado, 9 de junho de 2007

Lar ,doce lar.







04 de julho de 1991.

Se as nossas instituições estão em decadência, desacreditadas, urge que uma delas seja poupada, pois, ainda é o alicerce de toda a sociedade : A família.
Precisamos defendê-la com unhas e dentes. É no seu equilíbrio na firmeza de suas convicções, nas virtudes morais e cívicas que dela emanam , que servem de base para uma infância e juventude sadias. Tudo o que se adquire na infância leva-se até o fim da vida.
Bem diziam os antigos que "a maçã não cai longe do pé". Um lar onde reina o amor e o respeito dá equilíbrio emocional aos seus membros. É a família o elemento básico da sociedade. A nossa juventude precisa de estabilidade para a sua formação e é no lar que ela encontra o alicerce. Quem no caminhar dos anos não sente saudades da casa paterna, das lembranças ternas dos pais e irmãos, dos sonhos infantis que os anos não trazem mais?
O soneto de Luís Guimarães Júnior "Visita à Casa Paterna" nos faz imaginar o que sentimos quando retornamos ao antigo lar depois de longa ausência.
Mas,o nosso lar, doce lar, se sente ameaçado de desintegração pelos programas de televisão que invadem corrompendo nossas crianças, pondo em perigo essa instituição tão importante em nossa vida. Haja vista as cenas de adultério, de ciúmes entre mãe e filha, violências, rivalidades.
Os meios de comunicação deveriam trazer para os nossos lares um mundo de amor, de altruísmo, com mais esperança e não inquietações e licenciosidade que deturpam a formação moral da infância e juventude, causando até mal estar entre as pessoas adultas.
É simples dizer que quem se sentir prejudicado, basta desligar a televisão. Mas, muitas vezes as mães, principalmente aquelas que trabalham, não podem exercer uma fiscalização sobre as crianças e adolescentes e esses são os mais atingidos. Sei que minhas palavras não encontram eco em um país onde a corrupção e a falta de vergonha na cara já têm marcas registradas.
O que se pode esperar de um Congresso omisso, desacreditado que só sabe legislar em causa própria, pouco se incomodando com o que acontece por esse Brasil afora?
Para ele quanto pior, melhor. As discussões estéreis, o antagonismo político, não lhe permitem zelar pela decência do país.

VOVÓ GUITA