quarta-feira, 30 de maio de 2007

Críticas




28 de abril de 1993.

Nossos políticos vêm se descuidando da educação básica do nosso povo de uma maneira irresponsável, criando leis que não alcançam os objetivos. Não adianta a forma de governo se o povo não tem condições de votar. O desenvolvimento de um país faz-se com educação, cultura e saúde e não com essa palhaçada de plebiscito.
O que o povo vai ganhar com a forma de governo, de que adiantam nossos recursos naturais, a extensão territorial, riqueza de solo, se falta ao material humano saúde, discernimento e cultura?
Não se pode falar em desenvolvimento quando a matéria prima é relegada à ignorância.
Não vi motivo para montar esse circo todo do plebiscito, gastando bilhões que deveriam ser revertidos em saúde e educação, quando a maioria do povo não está motivada para a eleição.
Perguntei à minha faxineira em quem havia votado: - Não sei, botei duas cruzes em um quadradinho, fechei o papel e coloquei naquela caixa. Assim fez a maioria.
Os presidencialistas não podem ficar eufóricos com o resultado. Com o analfabetismo oficializado, havendo equivalência entre o voto do analfabeto ao de um escritor, professor universitário e a minoria culta e politizada, esse plebiscito não passou de um anacronismo.
Se nossos políticos fossem homens probos, patriotas, pensassem no futuro do país, agissem com honestidade e conscientização, veriam que só a educação, saúde e cultura resolveriam os nossos problemas.
Não adianta mudar o rótulo de um remédio se o conteúdo não agrada. De que vale a forma de governo se o Congresso continua o mesmo!
Não se começa a casa pelo telhado, o alicerce é a base principal e assim é o país. O alicerce é o povo que precisa ser bem estruturado. De que vale o presidencialismo sem o material humano para alicerçá-lo ?
Como foi que o Japão, um país pobre de recursos naturais, conseguiu uma economia e um nível de vida de país de primeiro mundo? Graças à educação, saúde e a força de vontade baseada no trabalho de seus filhos.
Quando se ouvia falar nos países do Oriente, a Malásia, Polinésia, Singapura e outros vinha-nos à lembrança um povo pouco afeito ao trabalho, displicente, retratado nos livros que líamos, cuja cultura era aquém do Ocidente. Ledo engano. Minha sobrinha neta esteve um ano em viagem de intercâmbio escolar em Nova Zelândia e ficou encantada com a educação, a cultura e o desenvolvimento do povo que faz do trabalho uma fonte de energia.
Até ela teve que arrumar emprego para estudar.
Outra sobrinha que esteve em viagem ao Sul da Ásia ficou admirada do progresso naquelas cidades, que muitas vezes ultrapassam em desenvolvimento às do Ocidente.
Tudo graças à educação e o trabalho que lá caminham juntos para o progresso.
E que dizer dos artigos importados desses países? São verdadeiras obras primas de confecção.
Distribuir cestas básicas, arroz, feijão é fazer populismo. Chega de paternalismo!
Queremos políticos probos, honestos, despojados de vaidades pessoais, sem ambições próprias pois, não é distribuindo alimento ao povo que vai matar a fome. Não é só dar o peixe, precisa ensinar a pescá-lo. Dê-lhe condições de trabalho.
Mas onde encontrá-los? No nosso Congresso tão desacreditado?
Será que a candeia de Diógenes nos ajudaria a procurá-los?



19 comentários:

Kiko Verga disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
David Faustino disse...

é problematico essa questão...
logico que a educação é fundamental...

Unknown disse...

Nossa!!!!!!!!!!!
Seu blog merece muitas exclamações.
Lindo.
Não achei palavra melhor para descrevê-lo.
A atualidade dos texto ao todo me chocaram bastante.Achei fantástico as fotos dialogando com os textos.Parabéns.
abraços.

Anônimo disse...

Primeiro que vc tem o nome de uma pessoa que eu amo muito, ja gostei do seu blog por aí... rs

Mas quanto a politica, prefiro nem me envolver, é uma discussão com panos para manga!

Mas é uma questão problematica...

Anônimo disse...

caranba,

gostei muito do seu posts e gostei mais ainda do seu blog

e muito bom

parabens

depois passa no meu

http://www.blog-do-rato.zip.net

Anônimo disse...

Amei estar aqui!!! Amei!!!
Agradeço o convite e a oportunidade de conhecer novos horizontes !!! Estarei sempre p aqui!!
Amei tudo...principalmente a musica !!!
Parabéns !!!
Volto !!!
Beijos...

Anônimo disse...

Dou nota 10 porque é a nota máxima, se não daría mais. O blog em homenagem a Nilza Guimarães Carboni é uma verdadeira obra de arte. Além de textos muito bem feitos e de um layout bacana, sem falar no som ambiente é claro; a idéia do blog em sí é maravilhosa. Parabéns pela iniciatíva à sua idealizadora. Vale a pena a visita.

Bom, o meu blog é sobre política:
http://radicalidadedemocratica.blogspot.com

Anônimo disse...

Mto bom o blog
ele tem muito de intelectual
é um blog para pensar
críticas bem passadas
e um visual bom
tem um q de familia também
muito bom

o meu eh o Blogalização
http://josivicepoeisa.blogspot.com

Anônimo disse...

Gostei muito!

Eu gosto bastante do template negro,
assim, bem simples.

Mas o que me tocou profundamente foram os textos...
eu que adoro vós....estou aqui chorando!

lindo!
muito-muito!

kleinekaugummi.blogspot.com

Anônimo disse...

uAU...
O blog simplesmente é lindo.
Tem uma essência sincera e é uma homenagem linda a Sra. Nilza Guimarães Carboni.
Triste como as crônicas de anos como 1993 e 1987,além de outros(ainda estou lendo os outros textos,vale a pena) são atuais.Corrupção,voto de analfabetos,má administração pública,o blog é um achado.Parabéns á autora,o blog é lindo.
Chamo a atenção também para o layout e as fotos em preto e branco.Maravilhoso.
Vale a pena visitá-lo.


*



RELIGIÃO URBANA
Observatório do Mundo.
Atualidade,contos,crônicas,música e poesia.

http://religiaourbanna.blogspot.com/

Kiko Verga disse...

I vecchi d'improvviso tornati bambini, aspettando l'unica esperienza rimasta da vivere ma l'unica sicuramente certa.
Piegati e sfiniti dal tempo che logora tutto, Cechi per il troppo vedere, sordi per il troppo sentire.
Abbandonati anche da loro stessi, amareggiati e arrivati al traguardo del loro futuro troppo in fretta.
Senza più sogni ma ricchi di passato e colmi di saggezza.
I vecchi chiusi in se stessi come in un cassetto di un vecchio comò,
Seduti sù di una sedia per ore a guardare il nulla, o camminano camminano verso nessuna meta,
senza alcuna attrazione.
Distrutti da milioni di battaglie vinte e perse e chissà da quante bufere.
I vecchi che ascoltando una canzone o una fisarmonica di un vecchio tango, tornano per un attimo a vivere piangendo e ridendo di commozione rivivendo chissà quale amore.
Ti ricambiano con un triste sorriso rassegnati alla loro vicina sorte.
I vecchi che avvolte ignoriamo presi dalla frenesia della vita e da i mille impegni che la contornano.
I vecchi che dovremmo osservare per imparare dalla loro saggezza, che una cosa è certa vecchi lo saremo anche noi...........KIKO VERGA

Anônimo disse...

é um prazer voltar aqui.

como eu disse num outro blog, semanas atras, com um post sobre esse mesmo tema:

"o país é uma bosta por causa da qualidade da educação, ou a qualidade da educação é aquela que conhecemos pq o pais é uma bosta"?

beijos

Anônimo disse...

Vovó sempre "Mestra" nos dizeres!
beijo

Marco Antonio Alencar de Mesquita disse...

Quer tipo de literatua "atemporal" é essa???

Parece que escreveu o texto a 20 minutos!

Parabéns!

Anônimo disse...

Muito bonito seu blog.
Continue assim
Parabens

Elza disse...

Ow, que lindo blog, bela homengem!
Gostei bastante!
=]

Anônimo disse...

Blog muito belo...de muito bom gosto e textos interessantes!
A música ...ah a música...aqui estou, ouvindo novamente!

Wanderson "Wans" disse...

Quem dera se todos tivessem essa lucidez para tratar de assuntos tão sérios e que estão relegados a segundo (segundo?), plano.Definitivamente as trevas não se dissiparão de nosso país caso não se reestruture a educação.
Temos que lutar por nossos ideais..sem armas...com inteligência.
ps: A propósito...algum político poderia "estudar" esse post..

Simone Carboni P. Arcoverde disse...

Perfeição
Legião Urbana

Composição: Renato Russo

Vamos celebrar a estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja de assassinos
Covardes, estupradores e ladrões
Vamos celebrar a estupidez do povo
Nossa polícia e televisão
Vamos celebrar nosso governo
E nosso estado que não é nação
Celebrar a juventude sem escolas
Crianças mortas
Celebrar nossa desunião
Vamos celebrar eros e thanatos
Persephone e hades
Vamos celebrar nossa tristeza
Vamos celebrar nossa vaidade
Vamos comemorar como idiotas
A cada fevereiro e feriado
Todos os mortos nas estradas
Os mortos por falta de hospitais
Vamos celebrar nossa justiça
A ganância e a difamação
Vamos celebrar os preconceitos
O voto dos analfabetos
Comemorar a água podre
E todos os impostos
Queimadas, mentiras e sequestros
Nosso castelo de cartas marcadas
O trabalho escravo
Nosso pequeno universo
Toda a hipocrisia e toda a afetação
Todo roubo e toda a indiferença
Vamos celebrar epidemias:
É a festa da torcida campeã
Vamos celebrar a fome
Não ter a quem ouvir
Não se ter a quem amar
Vamos alimentar o que é maldade
Vamos machucar um coração
Vamos celebrar nossa bandeira
Nosso passado de absurdos gloriosos
Tudo que é gratuito e feio
Tudo o que é normal
Vamos cantar juntos o hino nacional
A lágrima é verdadeira
Vamos celebrar nossa saudade
E comemorar a nossa solidão
Vamos festejar a inveja
A intolerância e a incompreensão
Vamos festejar a violência
E esquecer da nossa gente
Que trabalhou honestamente a vida inteira
E agora não tem mais direito a nada
Vamos celebrar a aberração
De toda a nossa falta de bom senso
Nosso descaso por educação
Vamos celebrar o horror
De tudo isso
Com festa, velório e caixão
Está tudo morto e enterrado agora
Já que também podemos celebrar
A estupidez de quem cantou esta canção
Venha, meu coração esta com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão
Venha, o amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera
Nosso futuro recomeça:
Venha que o que vem é perfeição...