quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Horrores da Guerra





27 de abril, de 1991.


Dizem que em tempo de guerra, mentira come terra.

A primeira vítima é a verdade.
Depois de terminada a guerra do Vietnã, as imagens dos horrores nela praticados pelos americanos, vieram à tona. Soldados ateando fogo às palhoças de velhos, mulheres e crianças vietnamitas, serviram para despertar a consciência da humanidade contra a selvageria da guerra. Mas houve uma foto estampada nos jornais, que chocou a opinião pública e o sentimento de solidariedade humana daqueles que dela tomaram conhecimento. Foi uma que estampava crianças vietnamitas chorando com os corpos cobertos em chamas pelo "napalm" atirado pelos soldados americanos. À frente aparecia uma menina nuazinha correndo mostrando em seu corpo ardente, todo o horror daquela cena.
O fotógrafo que captou em sua máquina essa crueldade para mostrá-la ao mundo, ganhou o prêmio Pulitzar 1973, pela foto.
O tempo passou e se encarregou de esquecer o passado. Há poucos dias, folhando as páginas de uma revista recente, vi a fotografia de uma vietnamita, moça de 27 anos que era aquela menina de corpo em chamas, modelo involuntário do fotógrafo.
Foi localizada em Cuba onde faz curso de farmacologia. Embora com cicatrizes das queimaduras pelo" napalm", é hoje uma ativista da paz.
" Faça o que eu mando e não faça o que eu faço".
O governo americano estava tão preocupado com a probabilidade do Iraque usar gases químicos esquecendo que eles mesmos os usaram contra os pobres vietnamitas.
Por enquanto só vêm propalados os crimes praticados pelos iraquianos. O dinheiro e o poder ajudam a camuflar a verdade. Ninguém fala da população civil iraquiana que sofreu todos os impactos da destruição de seus lares, dos seus mortos e feridos.
Todo mundo sabe que o governo americano não dá ponto sem nó. Só estoura o rojão onde pode aparar a vara. Quem vai manipular os poços de petróleo?
O tempo dirá e o barril de pólvora do Oriente Médio vai continuar aceso.
Muita água vai rolar sob a ponte. Enquanto isso, vamos assistir pela televisão as imagens de uma guerra que trouxe sequelas para todos os países, inclusive o Brasil.
E por falar em petróleo, soube pela televisão que a Petrobrás vai fazer prospecção de petróleo no Estado de São Paulo. E se for encontrado, como ficam aqueles que desceram a lenha na Paulipetro?
Vovó Guita

13 comentários:

Simone Carboni P. Arcoverde disse...

Marta Arroio do jornal El Mundo, escreveu uma matéria interessante sobre Kim Phu, a menina que corria apavorada, nua e abrasada por napalm, na guerra do Vietnam. Depois de 35 anos, a famosa menina famosa da foto volta a recordar este horror, durante um ato de apoio a campanha “Reescrevamos o Futuro” de “Save Children”. Ela contou o seguinte:
“Em 8 de Junho de 1972, todos estávamos escondidos no templo. Os soldados escutaram os aviões sobrevoando o lugar e gritaram ‘Corram! Corram!’ Corrri com meus irmãos e meus primos e quando dei conta de mim, havia perdido minha roupa e minha pele começava a arder. Era uma dor tão terrível que perdi a consciência”.Kim teve 65% do seu corpo queimado e ficou hospitalizada durante 14 meses, sendo submetida a várias cirurgias. Várias vezes desmaiava de dor. Quanto a Nick Ut, o autor da foto, deu volta ao mundo e ganhou o Pulitzer em 1973.
Já faz muitos anos do acontecido, mas até hoje ela sofre de fortes dores de cabeça e corporais “Me dão massagens, passam cremes e rezo muito. Algumas vezes me ponho a caminhar e canto para distrair minha mente”.
Ela diz que quando leu pela primeira vez as palavras de Jesus ‘amar a seus inimigos’, não sabia como fazê-lo. Sou humana, tenho muita dor, muitas cicatrizes e fui vítima muito tempo. Cri que seria impossível. Tive que rezar muito e não foi fácil, mas no final fui vitoriosa ... o perdão é a mais poderosa arma do mundo”.
Ela foi Embaixadora UNESCO. Depois criou a fundação Kim Phuc que se dedica a ajudar os meninos vítimas da guerra e da violência em países como Timor, Ruanda e Afeganistão, e ainda defender a educação como ferramenta do futuro.

Tássia Rebelo disse...

27 de abril, de 1991, incrível a data e o texto. Vou procurar mais dessa escritora. =]

Slim Shady disse...

as imagens horrentas da guerra nunca será apagadas de nossas memorias,pois ainda vivemos em guerra .

Sem contar que particpou da segunda guerra,quanto a essa famosa "personaldade" citada no texto.

otimo texto,parabés !

young vapire luke lestat disse...

Infelizmente são tão bizarras as atrocidades cometida nas guerras que me questiono se realmente somos humanos.
Ainda está muito abafado, mas soldados americanos tem cometido atrocidades conta o povo iraquiano.
Tem um site pirata que pulica uma vez ao dia os horrores da guerra.
Os USA esta impune por muito tempo a hora do ajuste de contas esta chegando.
O primeiro sinal é a atual fragilidade na economia.
E que venha uma nova ordem mundial

[]s L.Sakssida

O Enxadrista disse...

Interessante o texto.

Esses ianques são uma merda mesmo. Eles acham que só eles podem usar armas de destruição em massa.

FUCK USA.





http://oenxadrista.blogspot.com/

Soo Matos disse...

Guerra é a maior desgraça já criada pelo ser-humano, choquei-meao ver a primeira foto...

Anônimo disse...

O que mais dá raiva é saber que os Vietinamitas só estavam defendendo a sua terra, seu lar, suas famílias... Enquanto os americanos estavam lá como intrusos e sabe Deus mais o quê!

Anônimo disse...

O que mais dá raiva é saber que os Vietinamitas só estavam defendendo a sua terra, seu lar, suas famílias... Enquanto os americanos estavam lá como intrusos e sabe Deus mais o quê!

Gabriel Leite disse...

Triste pra caramba.,.. bem emotivo!
Parabéns pelo estilo NOIR!

César Schuler disse...

ual

ótimo texto

Nil Borba disse...

Oi, Si!
Este é um assunto no qual não gosto de falar, sei que pode ser covardia mas sou assim e essa foto me deprime muito!!!
Que Deus olhe por nós

Beijos

Nil Borba disse...

Oi..Si!
Hoje, tenho um presentinho pra vc em meu blog..passe por lá

beijos

Anônimo disse...

Muito bom o conteudo, parabéns pela edição, tá no meu "Favoritos", colocarei um link no meu blog. Abraços!